VI CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DA ANEC

Educação Planetária para a construção da Pedagogia da Paz

A Educação Planetária se apresenta como um movimento para desenvolvimento de projetos educativos para a formação humana, contribuindo para a compreensão do mundo atual e futuro e para a discussão das alternativas aos desafios postos à humanidade. Para debater o tema, a Conferência Inaugural do VI Congresso Nacional de Educação Católica, promovida pela Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), recebeu o Bispo Diocesano de Feira de Santana (BA), Dom Zanoni Demettino Castro, para apresentar reflexões sobre “Educação Planetária para a construção da Pedagogia da Paz”, mediado pela Irmã Irani Rupolo, Presidente do Conselho Superior da ANEC. 

Dom Zanoni afirma que vivenciamos atualmente uma profunda mudança de época e de parâmetros sociais e culturais. “Presenciamos o crescer exponencial da desigualdade, da fome e do desemprego, vivemos o terror da guerra em diversos pontos do planeta, da grave desinformação e da manipulação de notícias e, em meio isso, a pessoa humana, nas suas diferenças, deve ser acolhida e respeitada. Isso não pode prescindir de uma ética para que as ações sejam um verdadeiro serviço à vida”, explica. “Assim, na perspectiva da educação e da pedagogia da paz precisamos despertar para a complexidade do pensamento globalizante cujo horizonte é a formação de um sujeito de direitos articulado a várias dimensões em um sentido humanizador. Essa é uma das urgências e exigências dessa nova realidade”, argumenta. 

Segundo Zanoni, para a construção da pedagogia da paz é necessário ultrapassar os muros das escolas, gerar uma maior integração e incentivar as instituições para superação deste momento.  “É um problema de toda a sociedade e não exclusivamente das escolas. A nossa missão, como cristãos, é a mesma de Cristo e não devemos reduzi-la ao espaço litúrgico”, acredita. “Há um ditado que diz que pessoas simples, fazendo coisas pequenas e em lugares poucos conhecidos, conseguem mudanças extraordinárias. Possamos aproveitar a simplicidade da vida para gestar essa construção da paz”, finaliza.